segunda-feira, 8 de agosto de 2011

INDISCIPLINA EXISTE OU É GERADA?

    Ao falar de pessoas temos que considerar inúmeros fatores que podem interferir num processo de comunicação saudável. Se, para haver comunicação o outro  precisa decifrar o código, a linguagem utilizada; então as crianças iniciam a relação com a estrutura educacional em desvantagem.
    Sabemos que a existência de regras e normas favorecem um convívio social seguro e equilibrado.
    A aplicação de norma com imposição sem a  reflexão dos alunos gera desprezo e perda do respeito não apenas por ignorá-las, mas porque não fizeram parte do processo de construção das mesmas.
    Falamos de crianças que desde casa vem lidando com regras impostas por adultos, muitas vezes sem condições de entendê-las por  falta de maturidade.
    A relação docente-discente  precisa ser construída com afeto, fazendo uso da inteligência de ambos  e da vivência do professor.As regras básicas a Instituição comunica, e as demais são construídas para conviver.
    Professor, no Brasil,  também é um ser em construção. Desde a formação muitas vezes de pouca qualidade, ao excesso de carga de trabalho, que interferem na qualidade de sua aula. Temos pouca tolerância ao comportamento dos adolescentes que  em todos os tempos foi de irreverência e questionamento dos adultos.
   Para tanto a  escola precisa construir no seu coletivo (professor-discente) o que seria uma boa aula com clareza sobre o que é bom para todos. Professor tem metas a cumprir e precisa  de parcerias comprometidas com os  resultados.
   Enquanto escola, precisamos ser mais críticos  de nossas ações circunstânciais, que geram desequilíbrio; e não culparmos as crianças que estão em construção. Precisamos aceitar  nossa impotência  diante de tantos problemas sociais que explodem na escola, porque nunca  substituiremos o que o lar e a família, num convívio saudável, podem proporcionar à educação de uma criança.
   Impotentes nossa relação nesta segunda casa precisa ser mais afetiva que autoritária, mais hamoniosa e equilibrada para podermos fazer nosso papel: o de constribuir na construção de um ser saudável, ético e útil à sociedade.