domingo, 11 de setembro de 2011

FORMAÇÃO CONTINUADA



No Brasil, EAD  desponta  como estratégia  de  ensino que atenderá às enormes  dificuldades  enfrentadas de formação  profissional. É também uma  boa  ferramenta  para  garantir a  formação continuada do professor. A  sociedade  como um todo,  deve  participar  das discussões  que  envolvam esta  modalidade de ensino, questionando  principalmente  sua qualidade  e  capacidade  de  formar  profissionais  de  qualidade à  distância. O déficit   de  docente  é  grande. Na  verdade,  enfrentamos  a carência  de  formação  em  todas  as  áreas. Para  tanto, necessitamos encontrar novas alternativas para alcançar a massa de excluídos existente. Pesquisas demonstram que o ensino em EAD não é formação de menor qualidade, pois requer do educando tempo e dedicação em prol dos objetivos.

No entanto, penso ainda que, “plugar” um professor é uma  tarefa mais lenta, devido à sua versatilidade. É uma área profissional cuja carga de trabalho está diretamente relacionada às horas fora de sala de aula, havendo necessidade de preparar estas aulas para executá-las. É imensurável o que se tem que fazer para cumprir atividades rotineiras. Este professor, uma  vez  matriculado em um  curso de  EAD,  que requer  disciplina  e  postura de pesquisador em situação de aprendizagem, confronta com o modelo de educação  que assimilou em sua formação: o presencial  convencional.

Estou certa de que administrar o tempo com autonomia é uma necessidade real da modernidade, mas que levará tempo e mudanças estruturais de uma geração. Tempo que a vida moderna não tem, gerando um estresse enorme no profissional.

Provavelmente, em pouco tempo, se confirmará em mais um fator de doença do trabalho no mercado. É a sociedade formando profissionais plugados e estressados. Profª. Cecília

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

INDISCIPLINA EXISTE OU É GERADA?

    Ao falar de pessoas temos que considerar inúmeros fatores que podem interferir num processo de comunicação saudável. Se, para haver comunicação o outro  precisa decifrar o código, a linguagem utilizada; então as crianças iniciam a relação com a estrutura educacional em desvantagem.
    Sabemos que a existência de regras e normas favorecem um convívio social seguro e equilibrado.
    A aplicação de norma com imposição sem a  reflexão dos alunos gera desprezo e perda do respeito não apenas por ignorá-las, mas porque não fizeram parte do processo de construção das mesmas.
    Falamos de crianças que desde casa vem lidando com regras impostas por adultos, muitas vezes sem condições de entendê-las por  falta de maturidade.
    A relação docente-discente  precisa ser construída com afeto, fazendo uso da inteligência de ambos  e da vivência do professor.As regras básicas a Instituição comunica, e as demais são construídas para conviver.
    Professor, no Brasil,  também é um ser em construção. Desde a formação muitas vezes de pouca qualidade, ao excesso de carga de trabalho, que interferem na qualidade de sua aula. Temos pouca tolerância ao comportamento dos adolescentes que  em todos os tempos foi de irreverência e questionamento dos adultos.
   Para tanto a  escola precisa construir no seu coletivo (professor-discente) o que seria uma boa aula com clareza sobre o que é bom para todos. Professor tem metas a cumprir e precisa  de parcerias comprometidas com os  resultados.
   Enquanto escola, precisamos ser mais críticos  de nossas ações circunstânciais, que geram desequilíbrio; e não culparmos as crianças que estão em construção. Precisamos aceitar  nossa impotência  diante de tantos problemas sociais que explodem na escola, porque nunca  substituiremos o que o lar e a família, num convívio saudável, podem proporcionar à educação de uma criança.
   Impotentes nossa relação nesta segunda casa precisa ser mais afetiva que autoritária, mais hamoniosa e equilibrada para podermos fazer nosso papel: o de constribuir na construção de um ser saudável, ético e útil à sociedade.